Sugestões para elaboração de atividades não presenciais para os alunos

Sugestões ao se criar grupos/páginas em Facebook com alunos

1. A nomeação do grupo deve ser bem clara, condizente ao que for nele tratado.

2. Defina diretrizes ou regras que abordem respeito, formas de escrita e tratamento com os outros, intolerância ao bullyng ou preconceito. Essa consideração equivale ao que fazemos em sala de aula presencial, quando estabelecemos um contrato didático e dialogamos sobre as normas de convivência.

3. Incentive os alunos a usarem as diretrizes do próprio Facebook, como por exemplo, quanto à idade e ao uso de nome e perfis verdadeiros.

4. Exponha, com objetividade, qual a finalidade do grupo, para que todos tenham em mente quais assuntos serão tolerados ou banidos.

5. Deixe claro que a não participação no grupo pode ocorrer por diversos motivos, o que pode ser um bom começo para tratar diversidade, respeito, cidadania, uso e acesso à tecnologia, segurança digital, dentre outros.

Sugestão de link para aprofundar essas questões: https://educotraducoes.files.wordpress.com/2012/05/facebook-para-educadores.pdf

Sugestões para estruturação de atividades à distância

1. Organize as atividades de maneira que ao longo do tempo a estrutura se mantenha estável. Isso facilita a organização dos alunos e do próprio planejamento do professor. Em linhas gerais, sugiro que toda aula pode ter:

Indicação dos materiais necessários para a realização da aula ou atividade.

Etapa 1: Provocação inicial ou aquecimento. Aqui pode ser um questionamento ou a retomada de algo que os alunos aprenderam e que seja necessário para o desenvolvimento da aula. Essa provocação inicial também facilita a mobilização dos conhecimentos e expectativas que eles têm sobre o assunto que será tratado.

Etapa 2: Indicação de uma leitura ou vídeo, por exemplo, sobre o tema da aula.

Etapa 3: Indicação de tarefas que os alunos deverão realizar. Nesse caso, é muito importante que a consigna da atividade seja clara, uma vez que, quem a propôs não estará presente para informações adicionais. Se forem necessárias diversas orientações, é preferível que elas estejam numeradas ou em tópicos e não em parágrafos muito longos.

Etapa 4: Atividade avaliativa. Nesse caso, podem ser apresentadas atividades avaliativas ou indicação de como eles serão avaliados a partir da(s) tarefas realizadas na etapa 3. Não se esqueça de indicar o modo que os alunos deverão enviar, postar ou realizar tais atividades.

2. Por tratar-se de atividades online, priorize aquilo que é mais difícil oportunizar em sala de aula presencial, como vídeos, recursos dinâmicos, hipertextos, animações e outros recursos que os alunos possam realizar com  alterações com o mouse, por exemplo. Isso pode ser muito profícuo para as habilidades que esperamos que sejam desenvolvidas nos estudantes.

3. Não deixe de fornecer orientações quando às formas de organização do estudo, do tempo e do ambiente. Essas orientações fazem diferença no trabalho do professor e dos alunos.

4. Invista e se arrisque em criar vídeos e postá-los em uma plataforma como o Youtube, por exemplo. Há bastante visibilidade e as crianças e adolescentes, hoje em dia, são bastante receptivas a esse tipo de mídia.

5. Equívocos que podem ser evitados:

• Indicação de sites apenas. Nesse caso, os alunos podem fazer explorações, mas sem desenvolverem atividades que sejam condizentes ao que foi planejado. Ao indicar um site, seja específico na página e o coloque no decorrer de uma aula propriamente dita e não considere apenas a indicação do site como aula.
• O mesmo cuidado anterior deve ser levado em conta para sugestão de vídeos e de textos, uma vez que essas mídias são recursos que serão entendidos pelos alunos a partir dos apontamentos e indicações feitas pelo professor no decorrer da aula.
• Organização das atividades propostas de maneira incompatível com o tempo de aula de referência. Nesse caso, se você tiver 2 aulas de 50 minutos, planeje a sequência de atividades que serão desenvolvidas para um tempo de envolvimento similar do aluno.
• Os alunos dependerem de impressão de material para desenvolvimento das atividades. Nas aulas não presenciais, é importante ter em mente que os próprios recursos digitais ou até alguns outros materiais poderão ser usados, conforme especificidade do que se ensina. Mas, parece equívoco deixar a atividade dependente de uma impressão, pois isso pode impedir que uma ótima proposta seja desenvolvida.